CÁLCULO RENAL
Cálculo Renal?
Cálculo renal ou “pedra nos rins” é uma doença muito comum que afeta uma em cada 8 pessoas em alguma fase da vida.
Além de ser muito comum, trata-se de um problema importante, pois, pode levar a episódios de dor muito forte, internações em prontos-socorros, cirurgias de urgência e risco de perda de função renal.
A dor da cólica renal é uma das mais fortes que uma pessoa pode ter. Em geral começa subitamente na região lombar e se irradia para a região inguinal, estando associada a náuseas e vômitos.
A dor em geral se dá quando o cálculo sai do rim e vai em direção à bexiga através do canal do ureter. Quando o cálculo é grande, ele entope o ureter e causa dilatação do rim, levando a dor intensa.
O cálculo quando está no rim também pode doer, porém em geral é uma dor de menor intensidade.
O diagnóstico de cálculo renal pode ser feito com um ultrassom, com urografia excretora ou com tomografia. O melhor exame durante uma crise de cólica renal é uma tomografia de abdômen e pelve sem contraste.
O tratamento do cálculo renal ou ureteral depende da localização do cálculo, do seu tamanho, da densidade do cálculo e dos sintomas do paciente.
As opções de tratamento vão desde a observação, utilização de medicamentos para dissolver ou expelir o cálculo, litotripsia extracorpórea por ondas de choque, retirada do cálculo através de ureteroscopia, cirurgia renal percutânea, cirurgia laparoscópica ou cirurgia convencional.
Cálculos menores que 4 mm que não causam sintomas em geral são observados pois tem grande chance de serem eliminados.
Cálculos de ácido úrico têm chance de ser dissolvidos com medicações.
Cálculos pequenos que estão no ureter causando pouca dor podem ser eliminados com a utilização de medicamentos alfa-bloqueadores.
A Litotripsia extracorpórea (LECO) é um tratamento realizado para cálculos renais de até 1,5 cm que não sejam muito duros. É feito com anestesia ou sedação, ambulatorialmente. Uma máquina gera ondas de choque que são direcionadas para o cálculo na tentativa de fragmentá-lo para que depois o paciente os elimine. Após o procedimento pode haver episódios de cólica de rim e sangramentos leves na urina. Caso o cálculo não seja eliminado totalmente, outras aplicações podem ser necessárias. As taxas de sucesso estão em cerca de 30 a 60%.
Os cálculos renais não muito grandes podem ser tratados também com equipamentos endoscópicos que visualizam o cálculo e o fragmentam com laser. Este método é chamado de ureterolitotripsia flexível e tem altas taxas de sucesso (90 a 98%). É feito com anestesia, via ambulatorial ou com internação de 1 dia. Tem baixas taxas de complicação (1 a 3%).
Cálculos maiores que 2 cm são melhor tratados por cirurgia renal percutânea (Nefrolitotripsia Percutânea), onde uma câmera é introduzida no rim através de um pequeno corte de 1cm na pele. Através desta incisão, o cálculo é fragmentado e retirado. Também é feito com anestesia, porém, o paciente fica internado no hospital por cerca de 24 a 48h. As taxas de sucesso são muito altas (de 80 a 100%), com chances de haver alguma complicação de cerca de 5% (sangramentos, infecções, etc).
As cirurgias convencionais ou laparoscópicas em geral se restringem a casos especiais onde as outras técnicas falharam ou não se aplicam.
Os cálculos localizados no ureter são melhor tratados por ureterolitotripsia, com visualização e fragmentação direta do cálculo, com altas taxas de sucesso. A ureterolitotripsia é um procedimento pouco invasivo no qual um aparelho fino é passado pela uretra, chega na bexiga e entra pelo ureter até a pedra. A litotripsia também pode ser uma opção, porém com resultados menos efetivos.
O Dr. Fabio e o Dr. Marcelo realizam a cirurgia renal percutânea de uma forma inovadora e com excelentes resultados. Tradicionalmente, o paciente fica deitado de barriga para baixo durante a cirurgia, o que pode provocar dificuldades para respiração durante a anestesia, além de problemas durante o posicionamento do paciente. Na cirurgia realizada pelo Dr. Fabio e o Dr. Marcelo, o paciente fica deitado com a barriga para cima, numa forma muito mais confortável para o paciente e para a equipe médica, mantendo a segurança e eficiência da cirurgia. Além disso, outra novidade trazida dos congresso internacionais, é não deixar uma sonda nas costas para drenar o rim, o que pode ser feito quando a cirurgia não é complicada. Isso torna a recuperação do paciente muito melhor, praticamente sem dor, levando à alta hospitalar muito mais precoce do que quando se deixa a sonda nas costas.